La Vie de Marie
Eu sou a Nelinha, uma menina nascida na Estela, mas que Portugal conhece como Marie, porque um dia eu quis aprender a falar francês e adotei esse nome.
No começo da pandemia, ao publicar vídeos com a minha ovelha de estimação no Tik Tok, a Sol, vi-me ganhar centenas de milhares de seguidores, sem perceber bem como nem porquê. Logo a seguir, fui convidada para participar num reality show e tornei-me ainda mais conhecida. Creio ter surpreendido todos com o meu aspeto desconforme e a minha postura e declarações desassombradas.
Não sei ser de outra maneira. Mas sei que, por esse motivo, recebo centenas de mensagens carinhosas de crianças e jovens que se identificam comigo. Gente que se sente diferente e quer ter a coragem de se assumir como é. O problema é que quem não encaixa nos padrões também recebe outras mensagens, essas muito feias, de pessoas que criticam e não aceitam aquilo que os outros são - como se tivessem o direito de aceitar ou não aceitar. Isso tem-me acontecido e a verdade é que nenhuma dessas pessoas sabe quem eu verdadeiramente sou.
Há dias em que me sinto bonita e amada. E outros em que não passo de uma couve-galega; por isso, decidi abrir o meu coração e mostrar quem sou, apesar de ainda andar, tal como outros jovens da minha geração, à procura de mim mesma.
Neste livro sem tabus, falo dos meus traumas de infância, da relação com a minha família, da depressão por que passei, dos distúrbios alimentares com que convivo, de quando fugi de casa para ir viver nua numa comunidade hippie e até da ingenuidade do meu primeiro beijo, entre muitos outros episódios que não sei se vos farão rir ou chorar, mas que constituem a verdadeira história da Marie.
No começo da pandemia, ao publicar vídeos com a minha ovelha de estimação no Tik Tok, a Sol, vi-me ganhar centenas de milhares de seguidores, sem perceber bem como nem porquê. Logo a seguir, fui convidada para participar num reality show e tornei-me ainda mais conhecida. Creio ter surpreendido todos com o meu aspeto desconforme e a minha postura e declarações desassombradas.
Não sei ser de outra maneira. Mas sei que, por esse motivo, recebo centenas de mensagens carinhosas de crianças e jovens que se identificam comigo. Gente que se sente diferente e quer ter a coragem de se assumir como é. O problema é que quem não encaixa nos padrões também recebe outras mensagens, essas muito feias, de pessoas que criticam e não aceitam aquilo que os outros são - como se tivessem o direito de aceitar ou não aceitar. Isso tem-me acontecido e a verdade é que nenhuma dessas pessoas sabe quem eu verdadeiramente sou.
Há dias em que me sinto bonita e amada. E outros em que não passo de uma couve-galega; por isso, decidi abrir o meu coração e mostrar quem sou, apesar de ainda andar, tal como outros jovens da minha geração, à procura de mim mesma.
Neste livro sem tabus, falo dos meus traumas de infância, da relação com a minha família, da depressão por que passei, dos distúrbios alimentares com que convivo, de quando fugi de casa para ir viver nua numa comunidade hippie e até da ingenuidade do meu primeiro beijo, entre muitos outros episódios que não sei se vos farão rir ou chorar, mas que constituem a verdadeira história da Marie.
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