2018-10-03

No livro Pais sem Pressa, Pedro Strecht defende que é urgente evitar que o tempo tecnológico nos controle e seja uma ditadura

Chega às livrarias a 12 de outubro e tem lançamento marcado para 15 de outubro, às 18h30, no El Corte Inglés de Lisboa.

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A melhor definição de tempo que Pedro Strecht ouviu até à presente data foi-lhe transmitida por uma criança de sete anos: O tempo é uma bola redonda que ainda não parou de andar. E é sobre o tempo, nomeadamente sobre o tempo que muitos pais sentem não ter para dedicar aos seus filhos, que este livro trata.


Pedro Strecht apresenta em Pais sem Pressa dados e reflexões que convidam os pais a repensarem a forma como se relacionam com os seus filhos e com o tempo. Ao longo dos 11 capítulos deste ensaio, o autor mune os leitores de ferramentas para serem pais sem pressa.

Este livro, elogiado por Gonçalo M. Tavares, chega às livrarias a 12 de outubro e tem lançamento marcado para 15 deste mês, às 18h30, no El Corte Inglés de Lisboa.

SINOPSE

Em média, uma mãe ou um pai passam 37 minutos por dia com o seu filho. Uma criança até aos 10 anos passa diariamente 8 horas na escola. Um recluso passa mais tempo ao ar livre do que uma criança em idade escolar. Uma criança ou adolescente passa mais de 2h30por dia diante de um ecrã.

Num tempo em que as relações são substituídas pelas conexões, em que tudo se tornou público e potencialmente «viral», não espanta que certos jovens sonhem ser youtubers profissionais, para serem conhecidos em todo o mundo e ficarem ricos sem fazer quase nada. Estar on tornou-se, sem dúvida alguma, estar in e contar likes a solução omnipotente para evitar o contratempo de um dislike. A epidemia da criança superprotegida que se torna «rei» ou «rainha» e tiraniza a vida dos pais é uma realidade que tem tanto de confrangedor como de assustador – e os próprios pais estão permanentemente online, quer com o mundo das redes sociais quer nas exigências do seu trabalho.

Neste livro, o prestigiado pedopsiquiatra Pedro Strecht defende que é urgente evitar que o tempo tecnológico nos controle – a nós e aos nossos filhos – e seja uma ditadura.

É necessário repensar a vida familiar, repleta de tarefas e de horários exigentes, e de a alinharmos pela ideia de tempo natural. Também aqui há um défice perigoso: o contacto das crianças portuguesas com a Natureza é cada vez mais raro ou inexistente. Então, quando o ócio nos parece um luxo, é fundamental saber parar, reorganizar e imaginar novas rotinas que permitam conciliar os desafios da vida quotidiana (onde nos exigem velocidade, resposta rápida e eficaz) com a necessidade de pausa, tranquilidade, beleza e harmonia. Pais sem Pressa é um convite ao que parece ser a grande necessidade da vida familiar dos nossos dias: a presença da pausa.

O AUTOR

Pedro Strecht nasceu em 1966. Licenciou-se em Medicina em 1989, especializou-se em Psiquiatria da Infância e Adolescência (Pedopsiquiatria) em 1995 e é autor de mais de trinta livros.

Exerceu diversas funções ao longo da sua vida profissional: foi professor do ensino secundário e do ensino superior; médico no Hospital de Dona Estefânia, no Chapitô, nos Centros Educativos da Bela Vista e Padre António de Oliveira, no Centro Dr. João dos Santos – Casa da Praia e na Cooperativa «A Torre»; supervisor do Projeto de Apoio à Família e à Criança Maltratada; colunista da revista Pais e Filhos e do jornal Público, e coordenador da Equipa de Intervenção Psicossocial do Gabinete de Reconversão do Casal Ventoso e também da Equipa de Intervenção em Crise da Casa Pia de Lisboa. Atualmente, trabalha em consulta privada, na ART – Associação de Respostas Terapêuticas e no GPS, um lar de infância e juventude especializado. Distribui o seu trabalho de base ao longo de quatro dias da semana, durante dez meses do ano. Tem como outros interesses fundamentais a música, a literatura, a escrita e a Natureza. Não usa relógio e ainda não se adaptou a telemóveis das novas gerações. Não tem e não acede a redes sociais. A melhor definição de tempo que ouviu até à presente data foi-lhe transmitida por uma criança de sete anos: «O tempo é uma bola redonda que ainda não parou de andar.»